NOTÍCIA
 
13/11/2014
Brasil continua com competitividade baixa em relação a outros países
 

Estudo mostra País em 39º lugar numa lista de 43 países, reflexo do período de baixo crescimento que é enfrentado hoje. Especialistas se mostram críticos ao recente aumento da taxa de juros

O Brasil ficou na 39ª posição, em uma lista com 43 países, de um ranking que avalia concorrência internacional. Os dados foram apurados no Índice de Competitividade das Nações, desenvolvido anualmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Elaborado anualmente, o Índice de Competitividade das Nações identifica os principais avanços e restrições ao crescimento da competitividade brasileira. A pesquisa separa 43 países em quatro quadrantes: competitividade elevada, satisfatória, média e baixa. O Brasil se encontra no grupo de países com baixa competitividade.

A nota do Brasil em 2013 - 21,5 pontos - só não foi pior que a de quatro dos 43 países avaliados: Turquia (20 pontos, 40º lugar), Colômbia (19 pontos, 41º lugar), Indonésia (17,4 pontos, 42º lugar) e Índia (10,3 pontos, 43º lugar).

O resultado, segundo especialistas, é reflexo direto do período de baixo crescimento que o País enfrenta.

Soluções

O estudo da Fiesp identifica seis prioridades na agenda de políticas públicas para que o País retome a rota de crescimento mais acelerado.

como urgência, o departamento da Fiesp aponta a simplificação e a redução da carga tributária para o setor produtivo, a redução no custo do financiamento e o alinhamento cambial. Segundo a Federação, outras condicionantes que merecem atenção são os investimentos em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e educação.

Na opinião de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, as principais medidas para melhorar a taxa de competitividade do Brasil são redução de impostos e também dos gastos públicos, principalmente das despesas de custeio.

O professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Raphael Bicudo, foca sua análise em outros aspectos da política econômica: "Primeiramente, cabe ao governo sistematizar políticas estruturais de longo prazo e investir numa política industrial que contemple todos os segmentos da indústria", afirma.

Para ele, concessões e parcerias público-privadas seriam bons caminhos para suprir o gargalo de infraestrutura do país, que "mina a capacidade competitiva" do País.

Outra resolução proposta pelo professor seria aumento de gasto com pesquisa e desenvolvimento e qualificação de mão-de-obra.

De acordo com José Ricardo Roriz Coelho, diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, se o Brasil fizer as várias reformas que precisa, os indicadores de 2015 podem até ser ruins, mas a tendência é que o Índice de Competitividade melhore nos outros anos.

Na visão de Bicudo, o Brasil precisa também de uma política monetária voltada não só para estabilidade de preços, mas para o crescimento econômico. "Isso exige queda na taxa de juros, para que o câmbio seja impactado e as exportações incentivadas". Segundo o professor, a sobrevalorização do câmbio que vem acontecido nos últimos tempos é extremamente prejudicial à indústria, pois prioriza a importação de produtos, enfraquecendo o setor produtivo.

Roriz também se mostra crítico à última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros Selic em 0,25%. Ele afirma que "O país precisa ter mais concorrência, principalmente em insumos e matérias primas. Não é aumentando juros que a gente vai frear a inflação hoje".

Comparação

O ranking mostra também que outros países têm avançado numa velocidade mais rápida que a do Brasil.

Em 2013, os Estados Unidos permaneceram no topo do grupo de competitividade elevada com a primeira colocação e 86,6 pontos, seguido pela Suíça com 78 pontos, Coreia do Sul com 77,1 pontos e Cingapura com 72,9 pontos.

Embora os Estados Unidos permaneçam na liderança, Cingapura, Áustria, Hungria e Israel foram os países que, segundo o levantamento, ganharam mais competitividade entre 2012 e 2013.

Cingapura avançou três posições no ranking, chegando ao 4º lugar, com 72,9 pontos, no quadrante de competitividade elevada. A Áustria também subiu três posições, passando a 60,7 pontos, na 14ª colocação, ficando no grupo de desempenho satisfatório.

Israel e Hungria ascenderam duas posições. A nação do Oriente Médio passou a 66,5 pontos, no 11º lugar, na faixa da competitividade elevada. Já o país da Europa Central ficou com 45,6 pontos, na 26ª colocação, no grupo médio.

Fonte: DCI

 
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